agosto dourado

Agosto Dourado: como aderir à campanha pela amamentação

Amamentação é a base da vida” é o lema da Semana Mundial da Amamentação no Brasil em 2018 e também o tema do Agosto Dourado.

O tema pede cada vez mais relevância, e não é à toa: segundo o site Minuto Saudável, há estimativa de que “10 milhões de crianças com idade inferior a 5 anos morrem por doenças que podem ser prevenidas e tratadas. Com melhores taxas de amamentação em todo o mundo, mais de 820 mil crianças dentro dessa faixa etária podem ser salvas”.

Segundo esta reportagem do G1, “há uma meta global a ser atingida até 2025, que é de pelo menos 50% dos lactentes receberem o aleitamento materno. Porém, para que isso aconteça são necessários esforços de mulheres, homens, sociedade e todos que possam contribuir”.

Você conhecia essa campanha? Encontramos tanta informação interessante que vale ler nesse post como ela surgiu e como é possível abordá-la na sua empresa.

agosto dourado

A história da Semana Mundial da Amamentação

Com o objetivo de dar visibilidade para os benefícios do aleitamento materno, a campanha foi criada em 1991 pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA, na sigla em inglês) e acontece entre os dias 1 e 7 de agosto.

Desde 1948 a Organização Mundial de Saúde (OMS) já começava a promover ações para reduzir as taxas de mortalidade infantil, mas, em conjunto com a UNICEF, foi na década de 90 que esses esforços ganharam corpo, através de compromissos como por exemplo, a Declaração Innocenti.

Já ouviu falar?

É um documento no qual constam 4 objetivos operacionais conferido às Organizações dos diversos setores  da sociedade a fim de assegurar os direitos de sobrevivência e proteção do desenvolvimento infantil. São esses 4 objetivos:

  • Estabelecer um comitê nacional para coordenar as ações voltadas a amamentação;
  • Implementar os “10 passos para o sucesso da amamentação” em todas as maternidades;
  • Executar o Código Internacional de Comercialização dos Substitutos do Leite Materno e todas as resoluções propostas pela Assembleia Mundial da Saúde;
  • Adotar uma legislação que promova a proteção da mulher na amamentação no trabalho

No Brasil, o órgão responsável por liderar a temática junto aos parceiros é o Ministério da Saúde. A campanha de uma semana se transformou no Agosto Dourado, estendendo um mês inteirinho dedicado à sensibilização para o tema.

A campanha de 2018

A campanha desse ano apresenta 4 objetivos definidos pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno:

  1. Informar as pessoas como a amamentação está ligada à nutrição, segurança alimentar e redução da pobreza.
  2. Ter na amamentação clareza de sua importância.
  3. Envolver-se com indivíduos e organizações visando maior impacto.
  4. Estimular ações para promover a amamentação como parte da nutrição, da segurança alimentar e de estratégias para redução da pobreza.

Todo o conteúdo da campanha pode ser acessado no site da IBFAN (Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar, na sigla em inglês) no qual você pode, dentre outras informações, fazer o download do poster oficial da campanha em português.

Já o conteúdo completo dos materiais da campanha (como vídeos, kits para campanha e mídias sociais) pode ser encontrado aqui. No entanto, muito pouco está em português.

O que sua empresa pode fazer

No âmbito do seu programa de voluntariado ou de Responsabilidade Social Interna/externa a sua empresa pode atuar dentro dos objetivos da Semana Mundial da Amamentação e durante todo o mês de agosto, então intitulado Agosto Dourado.  Pensando nisso, veja algumas dicas de ações que listamos.

1) Informar

  • Utilizar dos materiais oficiais da campanha e disseminar o conteúdo junto aos públicos internos e externos reforçando a importância do aleitamento para a saúde e proteção infantil.
  • Realizar pequenas reuniões, grupos de discussão informativos, cafés da manhã, eventos presenciais ou virtuais com a presença de um(a) profissional da saúde que tire as principais dúvidas sobre o tema.
  • Realizar uma ação de voluntariado na comunidade estendendo a campanha extramuros, levando informações para escolas públicas, hospitais, e grupos em geral. A proteção das nossas crianças é responsabilidade de toda a sociedade.
  • Estimule o download do aplicativo que, com a supervisão de um pediatra especialista em aleitamento pelo IBLCC, busca estreitar e apoiar o princípio elementar da amamentação.

Conteúdos relevantes sobre a amamentação podem ser encontrados no site do Aleitamento.com, o primeiro portal de aleitamento no mundo em português.

2) Proteger

Disseminar os direitos e melhores práticas de incentivo à amamentação, e identificar internamente quais são possíveis barreiras para o acesso a essa prática: horários, locais, informação.

Para tanto existe informação suficiente disponível para  informar, formar e compartilhar por todo o mês de agosto, ou, de preferência, para o ano todo, nos canais de comunicação da empresa, seja a intranet ou algum portal de responsabilidade social interno.

Exemplos:

  • Os documentos oficiais disponibilizados pelo IBFAN do Brasil: publicações e outros documentos.
  • Conteúdos que permitam conhecer, discutir, ter e dar acesso, e garantir os direitos legais vinculados ao tema da amamentação, tais como:
  1. Licença-Maternidade de 6 meses para as Mulheres no setor privado.
  2. Mamilos livres (“Free the Nipple”): movimento mundial chega ao Brasil. Entenda o movimento mundial que luta pela libertação do corpo feminino.
  3. Reforma trabalhista: prejuízos para a GESTANTE, NUTRIZ, BEBÊ e SOCIEDADE.

Outros conteúdos sobre direitos assegurados nesse caso: clique aqui, no site do aleitamento.com.  E para a legislação disponível clique aqui.

 3) Envolver-se e Estimular

  • Engaje para a assinatura da campanha da Lei do Prematuro: Campanha nacional para ampliação da licença maternidade para as mulheres que tiveram bebês antes do tempo. A assinatura pode ser feita nesse link.
  • Participe dos eventos e seminários relacionados ao tema, que compõe um calendário regional e nacional. Se precisar de um guia, encontramos agenda aqui.
  • Sensibilize internamente e externamente em seu programa de voluntariado para a doação de leite. E para esse fim, a Rede Brasileira de Banco de Leite Humano disponibiliza informações de como fazer isso direitinho.
  • Realize formações com as colaboradoras gestantes e providencie cartilhas e comunicação formativa durante o período de licença maternidade.
  • De homem para mulher: inclua os colaboradores homens na conversa, e produza ações de sensibilização em que colaboradores homens compartilhem o conteúdo com as gestantes da empresa e da sua família.
  • Garanta que os eventos internos e externos promovidos pela sua empresa seja um evento amigo da mulher, da criança e da amamentação. Os critérios nesse link podem ajudar seu encontro, seminário, treinamento/oficina, simpósio, congresso ou conferência a protegerem a amamentação.
  • Oferecer espaços e horários diferenciados para amamentação dentro da empresa.
  • Para chamar a atenção e engajar ainda mais ao tema, ilumine a fachada da sua empresa de dourado, crie o dia do uso do dourado e faça que, com muito brilho, se chame a atenção do valor desse tema tão importante, mas que percebo pouco explorado.

Esse post convoca aos gestores de voluntariado para que, considerando os relacionamentos dentro da sua empresa, advoguem pelos direitos de sobrevivência e desenvolvimento saudável das crianças, seja através do voluntariado ou de ações afirmativas internamente.

Esse post foi útil para você? Vai desenvolver alguma ação no seu portal de voluntariado? Conta pra gente aqui nos comentários!

Um comentário sobre “Agosto Dourado: como aderir à campanha pela amamentação

  1. Excelente artigo. importante lembrar que eu só descobri que nós lactantes temos restrições alimentares quando levei minha filha em sua primeira consulta com o Pediatra dez dias após seu nascimento.(A primeira consulta acontece sempre após os sete, dez dias.

    Até então, tudo o que tinha pra comer, eu mandava pra dentro. Já que amamentar dá uma baita fome!

    Mas então o Pediatra de meus filhos me explicou que, alguns alimentos podiam fazer com que a cólica e os gases viessem com mais intensidade provocando mais dor e desconforto para o bebê.

    Parabéns seu artigo ficou ótimo, estou escrevendo sobre o assunto no meu blog, dá uma olhada lá sua opinião será muito importante. abraços

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