5 tendências do Voluntariado Empresarial

Tendências Voluntariado Empresarial

O mundo muda cada vez mais rápido, e com ele mudam os hábitos e interesses das pessoas – incluindo seus colaboradores. A estratégia empresarial e sua posição no mercado também muda a cada ano, o que acaba impactando também na relação da empresa com a comunidade do entorno. Tudo isso afeta os programas de voluntariado empresarial, e por isso listamos aqui as principais tendências que observamos.

 

Tendência #1: Alinhamento com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Você certamente se lembra dos oito Objetivos do Milênio, que tinha como meta dar condições mínimas de qualidade de vida para a população mundial até 2015. Decorridos estes anos, eles se transormaram nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e estão servindo de base para muitas atividades das empresas– incluindo o Programa de Voluntariado. Faz sentido: se a empresa contribui com o desenvolvimento sustentável através de sua atividade-fim, do relacionamento com os colaboradores e do investimento social, por que não usar as mesmas diretrizes no trabalho que os colaboradores oferecem à comunidade, não é mesmo?

tendências voluntariado ODS

O alinhamento às ODS é uma das tendências mais fortes para o voluntariado em todo o mundo. Tanto que recentemente a organização panamenha CapacitaRSE, junto com o Conselho Latinoamericano de Voluntariado Empresarial (CLAVE) e a DirecTV, criaram uma ferramenta para facilitar o diagnóstico de quanto seu programa de voluntariado está alinhado aos ODS. A ferramenta é em espanhol e seu uso é gratuito. Ela pode ser acessada aqui.

Já as empresas que possuem portais de voluntariado V2V podem configurar a plataforma para que cada ação voluntária cadastrada informe o ODS à qual ela está relacionada. Assim, ao longo do ano o gestor do Programa terá uma visão geral do quanto seu programa está alinhado.

 

Tendência #2: Voluntariado X Mobilização Social

No fundo, no fundo, as duas palavras remetem à mesma coisa: uma ou mais pessoas que, por livre vontade e sem remuneração, doam seu tempo e talento por algo que vai beneficiar a comunidade.

No entanto, a palavra Voluntariado costuma ser associada a atividades mais estruturadas, geralmente em apoio a uma ONG, e que exigem um comprometimento maior. Por outro lado, a Mobilização Social traz uma esfera mais solta e descontraída, que vai desde ações pontuais de intervenção urbana até cyberativismo ou atividades colaborativas.

O Banco Itaú, por exemplo, renomeou seu programa de “Voluntários Itaú Unibanco” para “Rede de Ações Sociais Itaú”. Do mesmo modo, o Grupo Enel chama seu programa de Rede do Bem, porque além das ações voltadas para a comunidade, também oferece oportunidades de ajuda entre os próprios colaboradores, como a Troca de Talentos e a Carona Solidária.

tendencia voluntariado troca de talentos

Esta nova perspectiva é muito interessante porque quebra alguns estigmas: muita gente vê o voluntário como um herói ou mártir que se doa pelo bem dos outros, quando na verdade fazer bem à comunidade é uma troca em que todos saem ganhando. Assim, uma simples troca de termos pode aumentar consideravelmente a adesão dos funcionários ao Programa.

 

Tendência #3: Abrindo o leque de oportunidades

Até pouco tempo atrás era muito comum que a empresa definisse uma causa a ser abraçada, organizasse as ações e convidasse os colaboradores para participar. Embora essa prática tenha o benefício de atrair os voluntários menos experientes, sabemos que nem todos os voluntários são iguais: cada um tem um história de vida que o faz se apaixonar por determinadas causas, além de terem habilidades variadas, a disponibilidade maior ou menor em determinados dias, etc. Por isso, cada vez mais as empresas têm trabalhado diferentes tipos de atividades: pontuais ou continuadas, ligadas aos mais variados públicos e causas, com ou sem a participação da família. Neste post listamos 7 tipos diferentes de voluntários e como lidar com cada um deles.

 

Tendência #4: Envolvimento a distância

As redes sociais, computadores e smartphones têm sido cada vez mais presentes no dia-a-dia das pessoas. Se por um lado critica-se que as pessoas estão cada vez mais distantes por não se falarem ao vivo, por outro lado vem trazendo uma nova maneira de ajudar quem está longe. As organizações sociais precisam dos mais diferentes tipos de trabalho que uma pessoa pode fazer de sua própria casa: desenvolver seu website, divulgar campanhas nas redes sociais, traduzir textos, fazer mentoria via Skype… enfim, uma infinidade de atividades.

tendencia voluntariado a distância

É claro que as ações a distância não substituem as presenciais, mas é sempre interessante incluir esta possibilidade no cardápio de ações que a empresa oferece aos seus colaboradores.

 

Tendência #5: Estímulo ao protagonismo

Também tem sido cada vez mais comum que as empresas orientem seus colaboradores a articularem suas próprias ações nas cidades em que vivem, por dois motivos.

O primeiro é garantir que o programa tenha capilaridade e atinja todas as cidades em que a empresa está inserida, sem que o gestor do programa precise viajar para articular cada ação localmente. Em tempos de crise econômica no país, a maior parte das empresas vem tendo seu orçamento para o programa de voluntariado reduzido. E, claro, produzir materiais de orientação para líderes voluntários e dar suporte à distância é uma solução eficiente e de custo muito menor do que o modo tradicional.

O segundo motivo é mais voltado para RH: quando você orienta e ensina pessoas a identificarem problemas e articularem uma solução, você o está ajudando a desenvolver habilidades importantes como jogo de cintura, comunicação interpessoal e empreendedorismo. E qual a empresa que não quer ter colaboradores com essas qualidades, não é mesmo?

 

O programa de voluntariado na sua empresa está seguindo estas tendências? O que você acha adequado e o que não se encaixa para a sua organização? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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