Durante o ano de 2015, o setor privado destinou R$2,6 bilhões a causas sociais. O dado foi divulgado recentemente no BISC 2016, o Benchmarking do Investimento Social Corporativo. O levantamento, realizado desde 2008 por meio de uma parceria entre a Comunitas e 325 organizações, incluindo as empresas que fazem parte do Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG), tem como objetivo contribuir para o aperfeiçoamento da gestão e avaliação dos investimentos sociais corporativos no Brasil. Para tanto, a pesquisa mapeia a evolução dos investimentos sociais privados e a qualidade desses investimentos.
Separamos abaixo os maiores destaques da pesquisa no que se refere a Voluntariado Empresarial e a outros aspectos do Investimento Social Privado:
Evolução do Investimento Social
O gráfico abaixo mapeia os valores brutos investidos desde 2007. Nota-se que, apesar da economia desfavorável no país, os investimentos sociais das empresas do CBPG em 2015 tiveram pouca variação em relação ao ano anterior.
Em 2015, os resultados obtidos no Brasil retornaram a um padrão superior ao benchmarking internacional. No país, a participação dos investimentos no lucro bruto foi da ordem de 0,89% e, nos Estados Unidos, de 0,84%. O gráfico abaixo compara as empresas brasileiras pertencentes ao BISC com as empresas americanas pertencentes ao CECP (Committee Encourage Corporate Philantropy).
Programas de Voluntariado
O panorama dos programas de voluntariado é positivo, mas ainda assim pode ser fortalecido. Conforme os dados das empresas pesquisadas, 94% possuem Programa de Voluntariado. Juntas, elas totalizam um investimento de R$ 14.6 milhões em seus projetos. No entanto, a adesão média é de 10% dos colaboradores, número que tem potencial para ser aumentado.
De fato, a maior parte das empresas pesquisadas possui estratégias que favorecem a adesão a seus Programas de Voluntariado. Conforme os gráficos abaixo, 42% delas pretendem envolver mais de 10% dos colaboradores e 75% delas já definiram metas para expandir seus programas de voluntariado.
Os dados demonstram o reconhecimento do potencial estratégico dos Programas de Voluntariado. É o que diz Anna Peliano, coordenadora da pesquisa, em entrevista ao Gife: “Cresce também o entendimento de que os programas de voluntariado devem estar alinhados ao negócio e da necessidade de estimular cada vez mais as lideranças a participar das ações, tendo em vista que trata-se de uma estratégia de ganha-ganha”, afirma.
Organizações sem fins lucrativos
As empresas do BISC apoiaram 1.088 organizações sem fins lucrativos sediadas em diversas regiões do país. Só de recursos, foram R$ 460 milhões e mais da metade das organizações (52%) receberam recursos superiores a R$ 100 mil/ano.
Para saber mais
Para conferir a pesquisa completa, clique aqui.
Pesquisas são muito úteis para ajudar no planejamento dos programas de voluntariado, pois fornecem um panorama e apontam os principais desafios do setor. Além da BISC 2016, já falamos aqui sobre o perfil do doador brasileiro e sobre a pesquisa da United Way sobre a motivação para programas de voluntariado. Aproveite para usar estes conteúdos em seu planejamento.