O CBVE lançou no dia 19 de agosto o artigo: o artigo “Impacto Coletivo – o Voluntariado Corporativo em Rede no Setor de Óleo e Gás” em que detalha a experiência na construção de um projeto que traz a intersetorialidade como método, o fazer coletivo como processo, e o impacto coletivo como resultado.
A experiência em questão, traduz a construção e execução de uma iniciativa intersetorial e interinstitucional que convergiu esforços de empresas, sociedade civil e governo, para a melhoria da qualidade da formação oferecida aos 3 mil estudantes de ensino médio da rede pública estadual, em 10 municípios do Estado do Rio de Janeiro.
O setor de Óleo e Gás, por meio do Instituto Brasileiro de Petróleo – IBP que inclui 18 empresas do setor, está unido nisso em parceria com essas escolas e a Junior Achievement.
Veja algumas características dessa experiência:
Uma trilha para o sucesso
O projeto é desenvolvido sobre uma metodologia chamada Trilha Empreendedora, da Junior Achievement. E o trabalho em “trilha” é muito positivo pois pressupõe um conteúdo sequencial, com lógica e aprendizado, em que voluntários e estudantes percorrem um caminho juntos nos pilares do empreendedorismo, da educação financeira e preparação para o mercado de trabalho.
“A Trilha Empreendedora é o projeto de voluntariado do setor de Óleo e Gás que reúne 18 empresas associadas ao Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), entre as quais, a Wilson Sons, empresa associada ao CBVE. Em funcionamento há 19 anos, a iniciativa busca combater a evasão escolar por meio da aplicação de um programa estruturado nos pilares do empreendedorismo, da educação financeira e preparação para o mercado de trabalho, como conteúdo integrado ao currículo do ensino médio de escolas da rede estadual do Rio de Janeiro previamente selecionadas” (CBVE)
De acordo com a Junior Achievement:
“Os professores aplicam os programas em sala de aula com apoio de voluntários das empresas parceiras. A Junior Achievement oferece a metodologia e o material didático dos alunos e realiza a capacitação de professores e voluntários (…) Ao longo dos últimos três anos, o projeto deu tão certo que já impactou mais de 7.000 alunos e cerca de 800 voluntários”(Junior Achievement).
O trabalho em trilhas é muito interessante para quem quer desenvolver um programa de voluntariado de continuidade. Ele dá lógica, organiza em passos e apresenta começo meio e fim para a sua atuação.
Os voluntários se sentem inteirados do benefício que irão levar, assim como de suas responsabilidades. Isso é muito potente, e dribla uma característica que pode ser desvantajosa para o voluntariado corportativo, que é a aleatoriedade de ações.
Além disso esse tipo de ação pode ser mais facilmente transposta para o ambiente online depois do início da pandemia.
Os principais resultados da Trilha
Veja alguns resultados apresentados tanto pelo CBVE quanto pela Junior Achievement em seu site:
Intersetorialidade e o trabalho em rede como fatores de sucesso
O trabalho em rede propiciado pelo encontro dessas entidades é trazido como grande fortaleza do projeto. E com razão.
Quando um coletivo de atores está comprometido com uma causa é muito mais fácil o intercâmbio de recursos e esforços, a fim de garantir resultados mais consistentes.
Compor essa rede foi uma escolha da Wilson Sons para o seu programa de voluntariado:
“Na experiência da Wilson Sons, a intersetorialidade é entendida como a chave para transformar e melhorar o mundo, condição para que pessoas e negócios continuem a prosperar. Neste processo, reconhecer que nenhum ator isoladamente é capaz de gerar mudanças estruturantes e sustentáveis de alcance coletivo, para a empresa é a constatação que deve guiar a iniciativa privada, a sociedade civil e os governos na construção de iniciativas com chances efetivas para geração de impacto coletivo” (CBVE).
E no artigo completo você pode compreender os ganhos dessa intersetorialidade também para os outros atores envolvidos. Especialmente outras empresas do setor de Óleo e Gás.
Que em resumo, ressaltam:
- A importância de uma experiência de aprendizagem sobre atuação em redes internas e externas: se aprende muito, e principalmente se aprende a trabalhar de forma cooperativa e colaborativa.
- O compromisso das empresas com o voluntariado que ganha corpo quando aliado a esse tipo de iniciativa.
- O protagonismo experimentado pelos alunos, incorporados como sujeitos durante o programa e não como passivos.
- As trocas e os aprendizados dos voluntários em nível individual e coletivo e os aprendizados advindos disso.
- A oportunidade de exercer na prática os valores de responsabilidade social das empresas, assim como comunica-los para os stakeholders diversos.
- A importância dos atores envolvidos: o poder público dando relevância estratégica e a JÁ trazendo relevância técnica.
- O trabalho em rede dá respostas estruturadas para demandas em que muitas vezes as empresas não conseguem atuar sozinhas.
Por fim, não deixe de ler a publicação completa, lá poderá ler alguns relatos das escolas participantes, maiores detalhes dessa experiência, e uma conclusão realizada pelo O Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável – CIEDS .