Censo CBVE 2021 – Conheça os principais dados do voluntariado corporativo

Quer saber dados de como anda o voluntariado empresarial no Brasil?

Neste post vamos trazer as principais informações levantadas pelo “Censo CBVE 2021″, elaborado pelo Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (CBVE), junto às suas empresas associadas.

Os censos do CBVE partilham dados de referência para o setor

O #cbve é uma #rede de empresas, institutos, fundações e confederações conectadas pelo voluntariado e pelo bem que ele promove.

A edição 2021 do Censo do Voluntariado Corporativo da Rede CBVE, lançado em setembro, incorpora-se à série de censos publicados pela entidade. Essas pesquisas vêm evidenciando um crescimento sustentado e qualificado do voluntariado corporativo empresarial enquanto ferramenta estratégica de desenvolvimento de pessoas, comunidades e instituições.

As empresas respondentes correspondem a 36 mil colaboradores em ação, alcançando 915 mil pessoas.

Edição de 2021 aponta crescimento do voluntariado institucional

Programas cada vez mais:

  • estratégicos;
  • institucionalizados;
  • gerenciados por indicadores próprios;
  • alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS);

e que vem se alinhando a agenda ESG, dão a tônica de uma #rede que cresceu em 185% o número de pessoas alcançadas pelas suas ações.

Um indicador objetivo do escalonamento da capacidade de engajamento e intervenção desses programas frente às inúmeras emergências humanitárias experimentadas em razão da pandemia.

Principais dados apontados pelo Censo CBVE 2021

Orçamento

88,2% das empresas associadas possui orçamento anual pré-determinado para as ações de voluntariado, um total de 12 milhões investidos.

Para as pequenas e médias empresas ler sobre esse valor pode assustar bastante, uma vez que a grande maioria das empresas no Brasil, as de menor porte, ainda buscam recursos para poder organizar as suas ações sociais interna e externamente.

O dado, extraído das empresas que compõe a rede, ajudam a perceber a força do voluntariado nas grandes empresas, e para além dos resultados que esse número alcança, inspira cada vez mais novos empresários a alocarem recursos na relação com a comunidade, sob uma ótica de investimento.

Lembrando que para viabilizar as ações, os recursos não são sempre óbvios e monetários, mas sempre estão ali, seja na criatividade dos voluntários, nos potenciais da comunidade, e, principalmente, nas parcerias que podem nascer com a finalidade de alcançar objetivos sociais específicos.

Parcerias

82,4% realiza ações de voluntariado em parceria com outras instituições, sendo:

  • 100% com Organizações Sociais.
  • 64,29% com escolas.
  • 35,7% empresas.

Sendo que as forças encontradas num mesmo território, sendo multisetoriais, nascem por meio de um diálogo do programa de voluntariado empresarial com o contexto em que quer atuar.

Faz-se potente engajar não apenas os voluntários internamente, mas também a comunidade.

Ferramentas de Gestão

Comitês de voluntariado:

Em 2020, 76,5% possuía comitês de voluntariado, como matriz de governança, e de fazer chegar as diretrizes institucionais nos territórios. Comitês de voluntariado são a capilaridade do programa de voluntariado, e também a partilha da gestão e das responsabilidades.

Portais:

  • 50% utilizam como ferramenta de gestão plataformas próprias. Enquanto 50% desenvolvem junto com parceiros, dos quais 25% são com o V2V.

Indicadores:

  • 93,8% possui indicadores definidos para as ações de voluntariado, o que é muito bom, representando um crescimento desde 64% sobre 2018. A maior parte desse percentual (60%) diz respeito aos indicadores quantitativos, sendo 33,3% de resultados e 6,7% indicadores de impacto.

Alinhamento aos ODS:

O alinhamento aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) ocupa amplo espectro, sendo os ODS 4 (Educação de qualidade) e 17 (Parcerias para a implantação dos objetivos) os “campeões”. Seguidos dos ODS 1 (Erradicar a pobreza) e 10 (Redução das Desigualdades) ressaltando o envolvimento do voluntariado com as áreas que foram agravadas nos últimos dois anos, a ver com o aumento da pobreza e assimetrias sociais.   

Áreas em que os programas estão alocados

Os programa estão maioritariamente nas áreas de:

  • Gestão de Pessoas (21,05%)
  • RS (21,5%)
  • Instituto ou Fundação (21,5%)
  • Sustentabilidade (15,8%)

Sendo que 100% das organizações têm programas de voluntariado alinhados e organicamente estruturados em relação aos seus respectivos negócios .

Em 2016 esse valor era 81%, e o setor já vinha observando esse movimento, como possibilidade de integrar melhor a empresa no social, e também de melhor integrar o programa de voluntariado com as premissas, estratégias, propósito, e recursos das empresas.

O voluntariado e a Covid-19

Estar em ação mantendo protocolos sanitários foi desafiante, e migrar do presencial para o virtual foi e segue sendo um calibrador de prerrogativas e possibilidades de estar e atuar em um “novo normal”, ainda mais demandante de recursos e intervenções de proteção e promoção social.  

 Das ações desenvolvidas pelas empresas associadas, observou-se que:

  • 68,75 foram de arrecadação e doação de suprimentos.
  • 56,25% dedicaram-se à mobilização social.

Com foco prioritário nos seguintes públicos:

  • 87,5% para jovens.
  • 81,25% moradores de favelas e periferias.
  • 75% adolescentes.

Um gráfico das principais ações e seus resultados podem ser conferidos no documento do Censo.

“Em primeira mão, construímos um painel do impacto da pandemia sobre o voluntariado corporativo focando em entender, principalmente, quais foram as medidas implementadas no sentido de manter os programas em atuação sem contrariar as determinações de distanciamento social e, ao mesmo tempo, corresponder da melhor forma às necessidades e urgências humanitárias de toda ordem que emergiram e/ou se agravaram imensamente em decorrência do cenário pandêmico”. (CBVE)

“Nossa pesquisa mostra que, como #rede, o CBVE seguiu ainda mais próximo acelerando inovações e aprendizagens no cumprimento do chamado global para não deixar ninguém para trás”.