Em muitas empresas, o Programa de Voluntariado é gerido pela área de “Recursos Humanos”, e é comum que ele esteja também em outras áreas, como Sustentabildade, Marketing e Institutos.
Independente da área em que esteja, um Programa de Voluntariado empresarial deve estar bem alinhado às estratégias de Gestão de Pessoas porque a experiência demonstra que o voluntariado traz contribuições significativas para questões e desafios dessa área.
Trouxemos hoje uma matriz que pode ajudar gestores de impacto social a aprimorar seus programas de voluntariado, por meio do mapeamento das competências dos colaboradores.
Voluntariado como apoio estratégico aos desafios de gestão de pessoas
A área de Recursos Humanos é uma das mais estratégicas para as empresas, responsável por tarefas essenciais, como: atração, seleção e retenção de talentos, desenvolvimento, avaliação e remuneração, clima organizacional e, consequentemente, engajamento dos colaboradores.
Frente a isso, o voluntariado empresarial pode ser uma ferramenta aliada, seja no desenvolvimento de competências, no engajamento dos colaboradores e na melhoria do clima organizacional.
Desenvolvimento de competências
Empregadores e funcionários podem não estar tirando o melhor proveito dos programas de voluntariado corporativo.
A Macquarie Graduate School of Management (MGSM) descobriu que 93% dos funcionários que fazem trabalho voluntário junto com a empresa relata estar feliz com o seu empregador, e 54% deles sente orgulho pelas contribuições que a sua empresa faz para a sociedade.
Voluntariado como apoio estratégico aos desafios de gestão de pessoas
A área de Recursos Humanos é uma das mais estratégicas para as empresas, responsável por tarefas essenciais, como: atração, seleção e retenção de talentos, desenvolvimento, avaliação e remuneração, clima organizacional e, consequentemente, engajamento dos colaboradores.
Frente a isso, o voluntariado empresarial pode ser uma ferramenta aliada, seja no desenvolvimento de competências, no engajamento dos colaboradores e na melhoria do clima organizacional.
Empregadores e funcionários podem não estar tirando o melhor proveito dos programas de voluntariado corporativo.
Benefícios da criação da cultura do voluntariado nas empresas
A “Pesquisa de Voluntariado” da Deloitte com trabalhadores americanos descobriu que a criação de uma cultura de voluntariado pode aumentar a moral, melhorar o clima do local de trabalho e a percepção da marcar do empregador, gerando orgulho de pertencer.
Veja algumas respostas:
• 89% – Acredita que as empresas que patrocinam atividades voluntárias oferecem um ambiente de trabalho melhor do que aquelas que não;
• 77% – Diz que as atividades voluntárias patrocinadas pela empresa são essenciais para bem-estar dos empregados;
• 74% – Acha que o voluntariado fornece um senso de propósito aprimorado;
• 70% – Acredita que as atividades voluntárias são mais propensas a impulsionar a moral dos funcionários (motivação) do que happy hours patrocinados pela empresa;
• 70% – Concorda que as empresas que apoiam atividades voluntárias têm um ambiente de trabalho mais agradável.
Uma das ligações mais importantes entre voluntariado e RH está no desenvolvimento de habilidades e competências dos colaboradores.Ao participar e principalmente, ao organizar uma ação de voluntariado, o colaborador precisa se comprometer com tarefas como:gerir recursos e pessoas, negociar, liderar, organizar o tempo e a logística, dividir as tarefas, garantir o bom relacionamento com a instituição, se comunicar com diferentes colegas e áreas, gerenciar as avaliações, entre outras.
Mapeando competências organizacionais que podem ser desenvolvidas junto a um programa de voluntariado corporativo
Acreditamos que um grupo social de cidadãos e voluntários ativo está mais apto para agir, resistir e sobreviver a momentos como o que atravessamos, pois sabem como ninguém se organizar para reagir aos contextos adversos, munidos de pouco recursos, mas com muita vontade de superar.
O caminho do voluntariado pode ser utilizado como aprendizado e para fortalecer os times e grupos que desejam desenvolver “musculatura” para momentos de crise.
E ter as competências do seu time minimamente mapeadas, pode ajudar na escolha do tipo de ação voluntária.
Competências da Gestão
Estão ligadas às aptidões dos gestores que conduzem as equipes, os processos e os projetos à eficiência, eficácia, controle e ao alcance dos resultados. E são competências que garantem que todas as atividades sejam executadas com ética.
Dito isso, é pertinente mapear: quais são as ferramentas de gestão que estão disponíveis na empresa e que podem ser aplicadas à gestão das ações de voluntariado?
Seriam boas estratégias de planejamento como a metodologia Canva? Nesse e-book fizemos exatamente esse exercício de transportar as competências de gestão para a gestão do voluntariado corporativo.
Pois quais dessas competências de gestão empresarial, tão usuais na sua empresa, podem ser partilhadas com organizações sociais, e que ainda estão aprendendo a construir e executar um plano estratégico, ou desenhar os seus processos?
Há organizações sociais que ainda não sabem avaliar os seus resultados, cuidar de questões legais básicas, fazer uma gestão eficiente dos seus recursos e pessoas, conduzir a sua gestão contábil e financeira, ou um plano de marketing, e que não conhecem práticas simples de gestão que até são muito naturais dentro da sua empresa, mas que se partilhadas de forma voluntária podem ajudar muito o seu dia a dia.
Competências dos colaboradores
O corpo de colaboradores possui um arcabouço enorme de competências.
Mapeie por meio de um diagnóstico: quais são as competências profissionais e pessoais que o seu colaborador voluntário tem a chance de desenvolver no seu programa de voluntariado corporativo.
Há colaboradores que vão preferir partilhar uma habilidade ou talento que não utilizem no dia a dia do trabalho, como para a música, teatro ou esporte. E há outros que vão estar dispostos a partilhar sua técnica e especialização profissional com as comunidades.
Cada empresa junto dos seus colaboradores constitui um grupo bem específico de competências partilháveis.
Competências dos parceiros (stakeholders) e terceiros
Como você envolve os parceiros no voluntariado, e como pode garantir que estejam alinhados à sua cultura?
Considere incluir as competências dos seus vizinhos, empresas parceiras, integrantes da sua cadeia de fornecimento, instituições e empresas parceiras presentes num mesmo território.
Quais ferramentas externas são interessantes para que o seu programa de voluntariado decole? (como portais, apps, metodologias, ferramentas, modelos de capacitação etc.).
Como elas podem potenciar as necessidades identificadas no seu programa de voluntariado?
Matriz de mapeamento de competências
Você pode utilizar a matriz de mapeamento de competências para se organizar depois de realizar um processo diagnóstico.
É bem fácil e autoexplicativa: é só preencher as colunas para ter um mapa mais claro das competências disponíveis para mobilizar ou desenvolver.
Após essas competências mapeadas, por meio de um questionário, de diálogo e pesquisas, você junto com a área de RH pode, por meio de um filtro de prioridades, podem listar quais são as competências que mais precisam ser desenvolvidas pela empresa, que casem com as necessidades dos parceiros beneficiários, dentro das suas comunidades e instituições parceiras.
Se possível, é engajador possibilitar que os funcionários partilhem as competências que mais gostariam de colocar à disposição.
Avaliação
Não se esqueça de avaliar após cada ação voluntária se os colaboradores e parceiros perceberam o exercício e o desenvolvimento das competências que você mapeou, isso pode ser feito facilmente por meio de perguntas no questionário de satisfação das ações.
Isso ajudará a criar marcadores de desenvolvimento das pessoas, de uma maneira monitorada e bem gerida.
Divulgação
Por fim, é importante divulgar internamente esses benefícios gerados pelo trabalho voluntário, com a finalidade de fortalecer o programa e manter a prática de forma crescente, desenvolvendo habilidades e transformação social, assim: tudo ao mesmo tempo.
Bom demais né?
Se você tem ou conhece alguma prática de desenvolvimento de competências por meio do voluntariado partilha conosco!