Como promover o respeito à diversidade em sua organização

Inclusão e Diversidade é um assunto cada vez mais presente nas redes sociais e nos meios de comunicação de massa. No ambiente corporativo, o tema também tem sido bastante explorado e vem se refletindo não só na relação com o público geral, mas principalmente na relação com os colaboradores.

Isso porque comportamentos discriminatórios, ainda que sutis, prejudicam a empresa ao gerar uma piora no clima organizacional, evasão de talentos e perda de produtividade. Há diversos fatores que levam à diferença de respeito ou de confiança em relação a um colaborador: pode ser sua idade, classe social, posição hierárquica ou até mesmo escolhas pessoais, como posição política ou religião. Em todos esses casos, perde não só a pessoa que sofreu discriminação, mas também a organização como um todo. Por isso, é importante que a empresa se posicione sobre o respeito à diversidade em todos os seus aspectos.

 

Como, então, garantir que cada colaborador se sinta acolhido e respeitado em seu ambiente de trabalho?

Aqui vão algumas ferramentas que podem ser desenvolvidas em conjunto com as áreas de RH, Cidadania Corporativa ou Qualidade de Vida:

Política de inclusão e diversidade

Toda empresa tem um código de conduta ética, ainda que informal, e que está presente na cultura organizacional. É interessante, no entanto, que a empresa defina uma política oficial com regras claras sobre que atitudes ela espera dos colaboradores e quais tipos de comportamento não serão tolerados. Nesta política pode haver um capítulo específico que trate do respeito à diversidade de gênero, idade, etnia, religião, orientação sexual ou visão política, além da inclusão de pessoas com deficiência física ou intelectual.

Pesquisa de clima

Presente em praticamente toda organização de grande porte, a pesquisa de clima permite um diagnóstico de como o corpo de funcionários se sente ao trabalhar na empresa. Em geral, a pesquisa é anônima e as respostas são acessadas apenas por uma consultoria contratada, que envia à empresa um relatório com os resultados consolidados. A partir desta avaliação a área de RH consegue diagnosticar o cenário da empresa e criar outras ferramentas para melhora de clima, como as que citei aqui neste post.

Ouvidoria

Tenha um canal confiável através do qual qualquer colaborador possa fazer uma denúncia anônima. Nas grandes empresas, ouvidoria é uma regra, mas mesmo em organizações menores menores ela pode ser uma ferramenta muito eficiente para identificar casos de abuso ou assédio. Obviamente, antes de tomar qualquer providência, os responsáveis devem investigar a veracidade de cada denúncia.

Palestras e debates

O ódio nasce do medo aliado à ignorância. Partindo desta premissa, os instrumentos mais poderosos para combater a discriminação são o diálogo e o conhecimento. Convide antropólogos, psicólogos e outros especialistas para abordarem temas como tolerância religiosa, igualdade de gênero e outros. Como são assuntos muitas vezes espinhosos e que envolvem militância, é importante que o conteúdo seja tratado com seriedade, abordando as leis brasileiras, trazendo fatos históricos e contextualizando com o cenário internacional. Trabalhar com fatos evita a propagação de boatos ou ideias falaciosas, tão comuns hoje nas redes sociais e que confundem as pessoas.

Medo + ignorância = ódio

Medo + ignorância = ódio

Além disso, é bacana também dar voz aos próprios colaboradores. Em nosso Calendário de Mobilização Social, uma das ações sugeridas é a do lambe-lambe “Quem são elas”. A atividade tem o objetivo de dar mais visibilidade às mulheres da companhia através de cartazes com fotos e frases de cada uma. Para chegar neste resultado, a proposta é conversar com as funcionárias e conhecer sua trajetória de vida, seus desafios e conquistas. A mesma dinâmica pode ser usada para abordar religião: nesse caso, cada colaborador falaria sobre como exercita sua espiritualidade.

Ações de Voluntariado

As primeiras ações de voluntariado de que se tem notícia no Brasil foram promovidas por igrejas. Até hoje, instituições religiosas são responsáveis por grandes ações como acolhimento de pessoas em situação de rua, distribuição de alimentos ou orientação a pessoas que sofrem de algum vício. Então, nada mais natural que organizar ações sociais em parceria com igrejas, centros espíritas ou outras organizações religiosas. A convivência poderá comprovar que, apesar da diferença de crenças, existe em comum a vontade de fazer o bem às pessoas.

Outra forma muito interessante de usar o Voluntariado para inclusão social é estimular que grupos considerados minorias atuem como protagonistas nas atividades do Programa. O ato de oferecer algo de si a quem precisa de algum suporte promove autoestima e autoconfiaça, dois fatores essenciais para que uma pessoa se sinta bem em qualquer ambiente. Neste post, damos exemplos que envolvem voluntários idosos, imigrantes e pessoas com deficiência. Neste outro exemplo, contamos como pessoas com deficiência intelectual atuaram de maneira brilhante como voluntários nas Olimpíadas de 2016, no Rio.

E na sua empresa, que instrumentos são utilizados para garantir o respeito à diversidade? Deixe seu depoimento nos comentários abaixo!

 

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