A Economia Solidária é um conceito antigo e refere-se a um modo de atividade econômica caracterizada pela autonomia na produção, pela igualdade dos membros e pela honestidade do serviço/produto.
Recentemente, o termo ganhou força como uma alternativa inovadora de oferecer serviços de qualidade a preços justos, pois os serviços são oferecidos por pessoas para pessoas, ou seja, a margem de lucro deve ser mais baixa para poder lograr sucesso. Em alguns casos, não há lucro nenhum, o serviço funciona como uma ponte entre pessoas que têm o mesmo interesse, como um “clube de troca”. Abaixo, separei alguns exemplos de atividades da Economia Solidária inovadores e que podem servir de inspiração.
Exemplos famosos de Economia Solidária
Um dos “mercados” em que a ideia de Economia Solidária mais têm adeptos é o da hospedagem. Serviços como o AirBnb e o Couchsurfing são casos de sucesso. Os dois são semelhantes, mas possuem suas diferenças. AirBnb é um serviço pago, que conecta hóspedes com lugares incríveis para ficar, podendo ou não ter algum contato com o morador, que pode alugar a casa toda ou só um quarto. O Couchsurfing, por outro lado, conecta o hóspede diretamente com o morador, ou seja, não se trata de um lugar pra ficar, mas sim de uma pessoa para receber e, nesse caso, é proibido cobrar qualquer coisa do hóspede.
Para chefs que não têm seu próprio restaurante ou que não podem desenvolver seus pratos da maneira que querem, inventaram o HomeBistro. Trata-se de um serviço em que o chef abre sua própria casa para receber convidados durante uma noite de jantar completo. Por um preço justo, estipulado pelo próprio chef, o convidado tem direito a entrada, prato principal, sobremesa e bebidas.
Agora, se você quer ser o próprio chef da sua casa, você pode fazer parte de um dos muitos clubes de assinatura de alimentos que estão surgindo, como o Clube do Orgânico no Rio de Janeiro e o Instituto Chão em São Paulo. Esses serviços conectam as pessoas que se preocupam em comer de maneira saudável diretamente com os produtores, sem depender dos intermediários. Se quiser tentar receitas novas, aí você precisa conhecer o BistroBox.
Aplicativos e sites de Carona também são muitos e para todos os gostos: como o TripDa e o BeepMe, que conectam pessoas querendo pegar com aquelas que oferecem carona, cobrando o preço justo de rachar a gasolina.
Estimulando a Economia Solidária entre os colaboradores
No caminho da casa para o trabalho, pegar carona se tornou um hábito para os funcionários da Siemens Brasil, que utilizam um sistema de Carona Solidária disponibilizado no Portal de Voluntariado da empresa. Ali é possível selecionar a origem, o destino e descrever o trajeto que será feito. O usuário só precisa selecionar o que mais se aproxima da sua necessidade e a plataforma coloca os dois em contato, para combinarem tudo.
Outro exemplo de ações de Economia Solidária é o que mais envolve o voluntariado diretamente: financiamento coletivo, ou melhor, crowdfunding. As “vaquinhas” atingiram um patamar inesperado nos últimos anos e tiraram muitos projetos do papel, através de sites como o Catarse e o Benfeitoria, sendo esse último voltado especialmente para projetos sociais. Ali, qualquer um pode contribuir com um projeto que ache interessante, ajudando a ideia a se tornar realidade: desde álbuns de banda até ações de inclusão social. Tem de tudo.
Algumas empresas aproveitam seu Portal de Voluntariado para divulgar projetos sociais que apoiam, como é o caso da Instituto GVT, que criou uma ação para o projeto de financiamento coletivo para a construção de uma UTI de animais silvestres.
Estas são apenas algumas das possibilidades. Você também pode estimular uma feira de venda ou troca de objetos usados, ou mesmo troca de talentos: cada funcionário pode oferecer aos colegas cursos de pintura, violão, artesanato ou qualquer outra habilidade que ele tenha. Pense no que você gostaria de promover e crie um canal para isso!
Muito boa iniciativa, meus parabéns aos idealizadores.