“Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos”, ODS 6, é um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, mais necessários, objetivos e desafiadores. A água potável é segura e concretamente o recurso mais valioso para a nossa sobrevivência no planeta agora e no futuro.
Aliás, sem ela não haverá futuro, e isso tem muito a ver com cada um de nós.
“A escassez de água afeta mais de 40% da população mundial, número que deverá subir ainda mais como resultado da mudança do clima e da gestão inadequada dos recursos naturais” (Fonte: Agenda 2030).
Você tem a voz e os meios para ampliar o assunto dentro e fora da sua empresa, aproveite essa oportunidade.
Vamos aos dados
Os dados exigem atenção. Ainda que entre todos os países do mundo, o Brasil seja daqueles com a maior reserva de água.
Estima-se que o nosso país possua 12% da disponibilidade de água doce no planeta! É bastante! E não é de se espantar que os olhos internacionais estejam sobre nós.
Em termos globais, o Brasil possui uma boa quantidade de água. Estima-se que o país possua cerca de 12% da disponibilidade de água doce do planeta. Mas a distribuição natural desse recurso não é equilibrada. A região Norte, por exemplo, concentra aproximadamente 80% da quantidade de água disponível, mas representa apenas 5% da população brasileira. Já as regiões próximas aos Oceano Atlântico possuem mais de 45% da população, porém, menos de 3% dos recursos hídricos do país.(Fonte: Agência Nacional de Águas do Brasil).
Consta que 100 milhões de brasileiros não contam com coleta de esgoto e mais de 35 milhões não têm acesso à água potável, segundo dados do Ministério das Cidades. E que 7,5% das crianças e dos adolescentes têm água em casa, mas não é filtrada ou procedente de fonte segura. Essa informação já mostra claramente a importância do ODS 6.
Veja mais informações aqui, ou no infográfico abaixo.
ODS 6. Água Potável e Saneamento
A Agenda 2030 prega que é possível um olhar positivo para a questão, a partir da cooperação internacional, proteção às nascentes, rios e bacias e compartilhamento de tecnologias de tratamento de água.
Conheça as metas que resolvi listar aqui mesmo, pois a gente sempre quer fixar esse tipo de informação e acaba se perdendo.
Objetivos até 2030
• Alcançar o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos.
• Alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as necessidades das mulheres e meninas e daqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
• Melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a libertação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo para metade a proporção de águas residuais não-tratadas e aumentando substancialmente a reciclagem e a reutilização, a nível global.
• Aumentar substancialmente a eficiência no uso da água em todos os setores e assegurar extrações sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez de água, e reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água.
• Implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado.
• Proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo montanhas, florestas, zonas húmidas, rios, aquíferos e lagos.
• Ampliar a cooperação internacional e o apoio à capacitação para os países em desenvolvimento em atividades e programas relacionados à água e saneamento, incluindo extração de água, dessalinização, eficiência no uso da água, tratamento de efluentes, reciclagem e tecnologias de reutilização.
• Fortalecer a participação das comunidades locais, para melhorar a gestão da água e do saneamento.
O que posso fazer enquanto empresa?
A Rede Brasil do Pacto Global disponibiliza o vídeo abaixo: “O papel das empresas em relação aos ODS 6 – Água Potável e Saneamento”, e resume o papel das empresas.
Fato, é que em que em primeiro lugar a empresa deve zelar por uma operação tal que a gestão dos recursos hídricos sejam sustentáveis e socialmente equitativas.
Ora, seria um contra-senso se a Empresa x, por exemplo, empreendesse uma campanha de cuidados com a água potável junto aos seus stakeholders, se ela própria, em seu território, e em suas dependências for o agente de desperdício.
O voluntariado se aplica?
Um passo importante dessa gestão do recurso hídrico passa pelo envolvimento do público interno, de forma que os colaboradores possam ser agentes multiplicadores de boas práticas por onde passarem.
O voluntariado entra aí como aquela ferramenta que movimenta todo mundo para a ação! Sejam em campanhas de longo prazo como trabalhos de formiguinhas, ou em grandes campanhas nas quais todo mundo fica por dentro do assunto.
Para dicas do que fazer, encontrei essa publicação do SEBRAE SP só com esse assunto, veja clicando aqui.
Um exemplo de projeto social
Como exemplo de projeto social, gostaria de falar aqui do projeto Águas para Vidas. Ele tem como objetivo apoiar famílias a terem acesso a água potável através de reparos de telhados e construção de cisternas. E é empreendido pela Habitat Brasil.
“O projeto Águas para Vidas tem o objetivo de apoiar famílias em diversos municípios da região do semiárido Pernambucano a terem acesso a água potável em suas casas.
Isto é feito através de reparos de seus telhados e construção de cisternas para captação e armazenamento de água de chuva. As famílias cujos telhados foram reparados são encaminhadas para o Programa 1 Milhão de Cisternas, liderado pela ASA – Associação do Semiárido, para receberem cisternas de placas.
Um total de 400 famílias (cerca de 2000 pessoas) estão sendo beneficiadas por Habitat Brasil com reparos de telhados”. (Fonte: Águas para Vidas)
Para o projeto, a participação de voluntários é essencial.
E a Habitat pode receber ou te ajudar a mobilizar os colaboradores para atuarem com essa temática.
Você tem alguma ideia ou prática dentro da sua empresa e gostaria de partilhar?
Mande uma mensagem pra gente!