10 dicas se ainda tem medo de ser voluntário

De acordo com a Pesquisa Voluntariado no Brasil – 2021, no país há 20 milhões de voluntários frequentes, partilhando o seu tempo, trabalho e talento para as causas sociais mais urgentes.

Por outro lado, também nos deparamos com aqueles que até gostariam de se voluntariar, mas ainda não o fazem porque se sentem inseguros ou não sabem por onde começar.

Quais informações encorajariam essas pessoas?

Este post contém 10 dicas para quem quer começar a ser voluntário(a) e só precisa de um empurrãozinho : )

Confira!

1. Procure integrar um programa experiente de voluntariado

Você não precisa começar do zero, e isso nem é aconselhável para marinheiros de primeira viagem.

No país, já existem inúmeras iniciativas de voluntariado organizado que focam praticamente em todas as causas mais urgentes.

Caso seja um iniciante, o indicado é procurar um programa de voluntariado que está estruturado e maduro, como, por exemplo, um programa de voluntariado corporativo de alguma empresa, instituição social ou grupo com o qual se identifique.

As iniciativas institucionais oferecem ações planejadas e até momentos de formação de como voluntariar, e por isso são excelentes oportunidades para você dar o seu primeiro passo.

2. Saiba que você não precisa ser super-herói

É romântico dizer que voluntários são heróis, mas na prática não é verdade.

Voluntários são pessoas comuns como eu e você, que desempenham inúmeros papéis sociais, e que ainda assim estão conscientes de que a participação cidadã é essencial para a garantia do bem-estar da comunidade.

Por isso, ser voluntário é uma questão de responsabilidade com a sociedade da qual se participa, e tem mais a ver com se organizar para exercer o seu papel cívico do que fazer gestos extraordinários atribuídos às pessoas especiais – os “heróis”.

3. Busque estabelecer o compromisso possível para você.

As pessoas em geral estão com medo de estabelecer vínculos de longo prazo. E esse receio se reflete num possível relacionamento a ser estabelecido, enquanto voluntário, com uma instituição ou um projeto social.

Quando, na verdade, existem diferentes níveis de compromissos e acordos que você pode estabelecer enquanto voluntário tendo em conta a sua disponibilidade.

Sua participação pode se dar por meio de um trabalho contínuo, mas também de ações temporárias ou pontuais no decorrer de determinado período.

Lembre-se: a sua dedicação é você quem decide.

O importante aqui é estabelecer o mínimo de tempo que consegue se comprometer e cumprir. Assim, sem correr o risco de prometer mais do que pode, estará livre para participar sem pressão, mas com responsabilidade, dentro do viável.

4. Dizer que não ter tempo é um mito

O mito do tempo também é uma questão recorrente.

No fundo, tudo tem a ver com traçar prioridades e compreender que participação social é prioridade para todos os brasileiros, ainda mais em tempos de crise.

E se na vida contemporânea o tempo é tido como recurso escasso, será necessário se programar muito bem para conseguir se envolver no voluntariado.

E será que estamos dedicando nosso tempo corrido e contado para o que é prioritário?

Sobre a gestão de tempo, por exemplo, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de populações que passam mais tempo na social media, com uma média diária de 3 horas e 31 minutos, o que em um mês dá mais de cem horas bisbilhotando feeds e partilhando memes: então será que desse tempo algum não pode ser dedicado às causas sociais, de interesse público, e que impactam a todos nós direta e indiretamente?

Não precisam ser muitas horas: com um tempo bem gerido, você consegue diluir sua participação sem trazer prejuízos para a sua rotina, mas com muitos ganhos para quem mais precisa.

5. Você pode atuar presencialmente ou à distância

Hoje em dia não é necessário se deslocar. Você pode fazer trabalho voluntário presencialmente ou à distância.

O trabalho voluntário online é um dos que mais cresceu nos últimos anos e por isso a comodidade de participar da sua casa, ou qualquer outro lugar, quebra mais algumas barreiras sobre disponibilidade e acessibilidade.

Escolha o melhor modelo, e perceba o quão útil poderá ser de onde estiver.

6. Tem a liberdade de escolher as competências que quer doar

Todos temos uma série de competências para doar, sejam as profissionais ou as pessoais.

As competências profissionais podem ser muito úteis para instituições sociais ou para a formação de pessoas, sejam elas administrativas, operacionais, especialistas ou de gestão.

Na dúvida pergunte-se: – quais são os conhecimentos e ferramentas que você utiliza no dia a dia e que podem ser úteis também para outras pessoas? Como ferramentas informáticas, uma segunda língua, conhecimentos de contabilidade e gestão financeira, atendimento de clientes, elaboração de currículos e tantas outras.

As competências pessoais são aquelas que você não usa necessariamente para trabalhar. Pode ser um talento, gosto ou vocação para algum esporte, arte ou artesanato. Todas elas são ouro quando colocadas a serviço de alguma instituição ou comunidade.

E não precisa elaborar muito: basta lembrar que estar em silêncio, num abrigo para idosos, fazendo companhia para os internos, ouvindo suas histórias, já é uma ação incrível.

7. Divida responsabilidades com outros mais experientes

Se você não sente segurança e não sabe como dar os primeiros passos, saiba que muitas vezes atuará junto com pessoas que já são voluntárias há mais tempo que você, e que poderão te dar dicas e orientações, basta que haja disposição de aprender e observar.

Lembrando que a melhor forma de ganhar experiência é praticando, ainda que no início exerça funções mínimas até, aos poucos, e se quiser, assumir mais responsabilidades.

8. Informe-se bem antes para tirar todas as inseguranças

Contra a desinformação: informe-se!

Se existem receios quanto ao processo e sua capacidade para se voluntariar, um excelente caminho é pesquisar sobre o assunto, conversar com pessoas que já trabalham no campo social, e perguntar!

Tire todas as suas dúvidas até que se sinta seguro e perceba que todos podem ser voluntários nas causas com as quais tem afinidade.  

9. Prepare-se

A preparação tem a ver com o planejamento que você vai fazer: bloquear na sua agenda pessoal e profissional dias de reunião e de atuação, estudar sobre os beneficiários, preparar tudo que for preciso:

– a sua camiseta ou uniforme (caso haja),

– alimentação correta para a ocasião,

– saber o transporte que utilizará ou links e meios de acesso (caso seja uma ação online).

Quanto mais pronto você estiver no dia, melhor.

E o mais importante: prepare-se para estar com o coração disponível.

10. Deguste

Se ainda assim está inseguro do seu processo enquanto voluntário: faça um teste!

Procure uma ação que vá acontecer, diga que é a sua primeira vez, que não tem experiências, partilhe seus medos e diga que gostaria de participar para ver como é.

Simples assim!

Mas saiba que raras pessoas que “degustaram” uma ação de voluntariado não voltaram depois.

Depois que o bichinho pega, ela não sai mais : )

Afinal, o coração e a mente se encontram no voluntariado. Você irá perceber que está fazendo algo de muito certo para você, para o outro e para a comunidade, e que se faz bem, vale a pena repetir!