Recentemente, estive presente em um dos encontros organizados pelo Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial no Centro de Voluntariado de São Paulo. A ideia do Grupo é de discutir o tema com especialistas e gestores de Programas de Voluntariado de diversas empresas.
Nesse primeiro encontro de 2015, fomos convidados pelo palestrante Gil Giardelli – web ativista e especialista em tecnologia, robótica e cultura digital – a pensar num futuro nem tão distante de nós, que já aponta no horizonte como uma sociedade mais conectada, automatizada e tecnológica.
Gil nos apresentou diversos exemplos e ideias, como os robôs logísticos Kiva e os robôs recepcionistas no Japão, que demonstram como esse futuro está mais próximo do que imaginamos e como a nossa relação com as coisas e com as pessoas está se transformando graças à tecnologia.
Esse futuro, que para uns é terrível e desolador, é para outros a esperança de estreitamento das relações humanas e uma oportunidade para o voluntariado. Se hoje podemos ajudar pessoas do outro lado do mundo com nossos smarphones, amanhã poderemos mandar drones com alimentos e remédios para áreas distantes do globo.
E como estas tendências se refletem no Voluntariado Empresarial?
Num mundo que estará passando por uma crise de civilização, em que as pessoas tenderão a se distanciar uma das outras, separadas por uma tela e estarão mais próximas de robôs e máquinas, as ações que buscam fortalecer as relações entre as pessoas serão as mais valorizadas. E aqui entra o voluntariado. O contato humano dos profissionais e qualidades como empatia e gentileza serão mais valorizados do que capacidades técnicas, que poderão ser desempenhadas por uma máquina.
Essa será também uma tendência no mercado. Aqui no V2V, por exemplo, isso já acontece. Com as novas tecnologias, precisamos menos de desenvolvedores e cada vez mais de profissionais que saibam se relacionar com os clientes e entender suas demandas e anseios.
O cenário para o voluntariado corporativo acompanha essa tendência. As empresas do futuro serão empresas norteadas por valores e princípios, do qual o voluntariado corporativo poderá ser o grande motor, já que o contato interpessoal desenvolvido nessas atividades estará a frente dos negócios e serão cada vez mais valorizadas nos profissionais do futuro.
É, claro, um cenário hipotético e visionário, mas devemos estar atentos a todas as oportunidades.