O Case de hoje é sobre como o envolvimento voluntário com comunidades do entorno melhora as relações de proximidade da empresa com a comunidade.
Esse tipo elo é mais desenvolvido por indústrias, devido aos laços que geram com os territórios nos quais se instalam. Entretanto, essa estratégia pode obviamente ser desenvolvida em qualquer negócio.
A Vallourec sabe muito bem disso, e lá pelas terras de Minas (ê saudade!), em Piedade do Paraopeba – Brumadinho, nos conta um caso interessante de relacionamento local bem cuidado.
Projeto Voluntários Do Saber
O projeto Voluntários do Saber, desenvolvido pela Vallourec, tem como objetivo potencializar as ações sociais que a empresa realiza, por meio do seu ativo mais valioso, o capital humano.
“Desde 2013 o Projeto Voluntários do Saber objetiva potencializar as ações sociais que a Vallourec realiza por meio do seu recurso mais valioso, seu capital humano. O Projeto conta com voluntários que realizam ações estratégicas a partir de demandas comunitárias focadas na melhoria da qualidade de vida e no processo educativo de comunidades próximas aos seus sites” (CDM – Cooperação para o desenvolvimento e morada humana).
Cada ator tem um papel fundamental
Esse ativo e os públicos externos, dialogando, juntos desenvolvem ações nas áreas de educação, gestão, saúde, beleza, bem-estar, arte, esporte, meio ambiente, dentre outros. E contam com importantes parceiros, pois a iniciativa é realizada pela Fundação Sidertube, e operacionalizado pela CDM. Cada parceiro contribuindo com o que sabe fazer de melhor 😊
E no caso dos voluntários, contribuindo com a suas habilidades.
“Tais habilidades e conhecimentos específicos desses colaboradores fomentam atividades como: oficinas lúdicas e formativas, oficinas de empregabilidade, palestras e capacitações, assessorias e consultorias em comunicação, finanças, gestão, manutenção de equipamentos, entre outros”. (CDM – Cooperação para o desenvolvimento e morada humana)
Diálogo com a comunidade
Para chegar no melhor denominador de ações a serem feitas, a o projeto fez primeiro um mapeamento local: ouvindo e compreendendo melhor as dinâmicas da região, seus potenciais e necessidades.
Veja quais foram os objetivos desse diagnóstico
- Conhecer e identificar gargalos e oportunidades de atuação para o distrito de Piedade do Paraopeba, com foco no tema Educação.
- Conhecer o perfil dos trabalhadores Vallourec com interesse em desenvolver ações de voluntariado para embasar a proposição de ações para o Projeto Voluntários do Saber no território.
- Identificar oportunidades de ação que sejam do interesse de todas as partes envolvidas: empresa, comunidade e funcionários.
Se você quer realizar um projeto com e não para uma comunidade, esses processos de diálogo antes, durante e depois são essenciais.
Um dia vou programar um post aqui só para falar disso: do diagnóstico externo, acho que vale a pena.
Portando, fique ligado!
Proposta de Atuação Voluntários do Saber
Após a pesquisa a empresa dividiu o contexto geral de Piedade Do Paraopeba em algumas áreas que ajudaram a formatar as diretrizes para o trabalho a ser feito: Educação e Trabalho; Cultura, Esporte e Lazer; Turismo; Segurança e Obras; Meio Ambiente e Saúde.
E a proposta foi decomposta em um conjunto de diretrizes direcionadas por públicos, sendo eles:
Alunos
1 – Formação de habilidades e competências comportamentais e relacionais;
2 – Apoio na aprendizagem com utilização de metodologias lúdicas, socioculturais e tecnológicas;
3 – Apoio na orientação profissional, formação para o trabalho e perspectiva de futuro;
4 – Apoio na aprendizagem de português e matemática;
Professores
5 – Apoio nos processos de comunicação e integração com pais e comunidade;
6 – Qualificação metodológica para os professores ( uso de ferramentas tecnológicas, lúdicas e atrativas);
Família e comunidade
7 – Realização de palestras e workshops com temas formativos para famílias ( orçamento familiar, alimentação saudável, etc);
8 – Acesso da comunidade a atividades culturais, saúde, bem-estar, esportivas e de lazer;
9 – Articulação de momentos de integração da comunidade e escola;
10 – Qualificação e formação de atuais e novos empreendedores locais;
Ações Propostas em 2019
Diante disso, para o ano passado, a empresa optou por desenvolver dois projetos que dessem respostas a um conjunto dessas demandas.
E aqui vai mais uma lição muito importante que esse caso nos apresenta: saber priorizar.
Os projetos operacionalizados nesse caso são a Oficina do Ser e a Oficina de Empregabilidade.
Separei um pouquinho de cada um:
Oficina Do Ser
Tem como objetivo desenvolver no aluno um processo de autoconhecimento e valorização da sua escola e comunidade, por meio de posicionamento ético, consciente e responsável em toda sua rede de relacionamento, proporcionando resultados na aprendizagem e na vida. A fotografia é um instrumento importante nesta construção: – A percepção e descoberta do Eu; – O eu em ação; – O eu e o outro; – O eu, minha escola e minha comunidade; E uma exposição fotográfica demonstrando o olhar dos alunos para a sua comunidade.
Oficina De Empregabilidade
Tem a finalidade de possibilitar aos adolescentes da escola uma compreensão e preparação para o mercado de trabalho. Os alunos tem informações sobre as competências comportamentais desejadas no mercado de trabalho, aprenderão também sobre a importância da liderança e da ética no meio profissional, que será de beneficio tanto para dentro de uma empresa e até mesmo na vida pessoal.
Os conteúdo abordam questões sobre o mercado de trabalho , competências comportamentais, Liderança e Feedback, autonhecimento, currículo, entrevista de emprego, networking e empreendedorismo , Comunicação, Marketing Pessoal, plano de vida Pessoal + Plano de Vida Profissional ( gestão de carreira).
Até eu fiquei com vontade de fazer!
Benefícios
A rede de parcerias junto com a comunidade aproxima muito os diversos públicos, pois são pessoas – colaboradores da empresa (que, a propósito, muitas vezes são também integrantes da comunidade onde a empresa está instalada) conversando horizontalmente, em pé de igualdade, com seus vizinhos.
Dessa mistura, planejada e bem acompanhada, surgem inúmeros benefícios para todo mundo.
Como esses já conhecidos:
Para a empresa
• Desenvolvimento/consolidação de uma cultura colaborativa;
• Conhecimento e mergulho na realidade local;
• Desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes assertivas de seus colaboradores;
• Consolidação do vínculo do colaborador com empresa proporcionando mais engajamento, e por consequência, a diminuição do absenteísmo, a elevação da produtividade e aumento no faturamento;
• Fortalecimento do relacionamento empresa-comunidade;
• Reputação e identidade social fortalecidas perante a comunidade.
Para o voluntário
• Impacto na saúde mental, emocional e física;
• Desenvolvimento ou aprimoramento das habilidades e competências pessoais e profissionais;
• Formação ou fortalecimento da consciência cidadã.
Para a comunidade
• Fomento ao desenvolvimento local;
• Fortalecimento do vínculo comunidade-empresa;
• Fortalecimento do vínculo morador-comunidade.
Se você tem um case e que partilhar também por aqui, fale conosco. Todo mês apresentamos uma realidade interessante para aprendermos juntos uns com os outros.
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