Como o voluntariado contribui para a paz no mundo?

O Voluntariado pode contribuir para a paz por meio das sensibilizações, das campanhas que combatem à violência, e de ações educativas.

Conheça um pouco mais neste post sobre a cultura da paz e a solidariedade, em sintonia com o Dia Mundial da Não Violência e da Paz.

Todo voluntário pode ser um agente da paz

Como o voluntariado pode contribuir para a harmonia na Terra?

É possível que todos os voluntários sejam agentes da vida e da paz.

A nossa casa, o planeta que partilhamos, clama por respeito. E somos vítimas união que não construímos.

O planeta Terra é perene. Hoje feito de florestas, amanhã poderá ser uma esfera gelada a flutuar pacientemente por eras até se regenerar. Mas como é óbvio, em um prazo muito menor, nós é que passaremos.

Cultivar a paz entre humanos e as outras espécies urge como nunca antes.

Vivenciamos claramente um momento de transformações e escolhas, e o voluntariado é uma opção pela atitude de preservação.

O cidadão que opta por colaborar pela construção de comunidades de paz, é um agente da vida no planeta. E do contrário, o cidadão que opta por relações predatórias é um agente de guerra e morte.

O voluntário será sempre um agente da vida, trabalhando para que exista a equidade, o respeito e a ajuda mútua.

A paz é uma experiência construída

Paz mundial, ou paz na Terra, é o conceito de um estado ideal de felicidade, liberdade e harmonia dentro e entre os ecossistemas e as sociedades.

De acordo com a cartilha “Vamos Ubuntar”, mais do que um ideal, a paz é um jeito de se estruturar na vida, e de se viver. Logo, paz é algo a ser vivido:

“Viver a paz, viver em paz. Paz, para ser vivida, tem de ser construída, dia a dia, nos pequenos atos, de onde germinam as grandes transformações. Paz é para ser realizada, não só idealizada. Paz se faz, não é dada” (Fonte: Vamos Ubuntar).

Cidadãos que optam por ser voluntários pautam as suas escolhas com base na ética do cuidado. Um dos grandes combustíveis para a regeneração e sustentabilidade da vida.

“Hoje, na crise do projeto humano, sentimos a falta clamorosa de cuidado em toda a parte. Suas ressonâncias negativas se mostram pela má qualidade de vida, pela penalização da maioria empobrecida da humanidade, pela degradação ecológica e pela exploração exacerbada da violência. Que o cuidado aflore em todos os âmbitos, que penetre na atmosfera humana e que prevaleça em todas as relações! O cuidado salvará a vida, fará justiça ao empobrecido e resgatará a Terra como pátria e mátria de todos (BOFF(1), 1999, p. 191)”.

É preciso combater a violência

importância da paz no mundo, portanto, tem a ver com a sobrevivência e com a ausência de guerras e todas as formas de violência.

Não obstante, há um Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS), dedicado apenas ao assunto, o ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes, que tem como foco “promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis”.

Vale lembrar ainda que a paz é um direito humano, e formas que o violam, como a pobreza, violência, assimetrias sociais continuam a acontecer sistematicamente.

A violência no Brasil, por exemplo, atinge há muito índices preocupantes. Principalmente dentro dos centros urbanos populosos. Os homicídios, por exemplo, são das principais causas das mortes entre jovens de idades entre 15 e 39, sendo a maioria homens negros.

É preciso entender que diante de questões sociais e ambientais tão complexas, as transformações e as melhorias pretendidas se darão de forma gradual, por meio do exercício da cultura de paz por todos os cidadãos e instituições.

O que fazer para cultura de paz em 2023 e adiante?

De acordo com a UNESCO existem seis atitudes extremamente relevantes para estabelecer a harmonia, e são elas:

  1. Respeitar a vida;
  2. Rejeitar a violência;
  3. Ser generoso;
  4. Ouvir para compreender;
  5. Preservar o planeta;
  6. Redescobrir a solidariedade.

O que os voluntários podem fazer?

Para além de serem exemplos do respeito, da compreensão e da generosidade, voluntários individuais ou dentro de programas de voluntariado corporativo podem:

  1. Promover ações de sensibilização nas comunidades para uma cultura de paz.
  2. Promover ações educativas, junto às escolas públicas e toda a comunidade escolar, sobre a importância da solidariedade, da preservação do meio ambiente e da cultura de paz.
  3. Criar campanhas de combate à violência doméstica, no trânsito, e outras esferas, direcionadas para dentro e fora da empresa, sensibilizando colaboradores e toda a rede de contatos.

A educação sempre será o melhor caminho

O caminho do voluntariado deve passar sempre pela educação. Por este ângulo, a educação ajuda a:  

• compreender as nossas responsabilidades, obrigações, o os nossos direitos;

• aprender a viver juntos, respeitando as diferenças;

• desenvolver atividades e laços com base na cooperação, no diálogo e na compreensão intercultural;

• desenvolver as crianças e famílias para que encontrem soluções não violentas para resolverem os seus conflitos, utilizando maneiras construtivas de mediação e estratégias de resolução;

• promover valores e atitudes de não violência, como por a autonomia, responsabilidade, cooperação, criatividade e solidariedade;

• capacitar estudantes a construírem juntos, com seus colegas, os seus próprios ideais de paz.

Dia Mundial da Não-Violência

A data comemorativa foi definida em 1948 pelas Nações Unidas. O dia 30 de janeiro, Dia Mundial da Não-Violência, é uma homenagem à Mahatma Gandhi, líder pacifista assassinado neste mesmo dia. É um momento para celebrar voltada a educação para a paz, a solidariedade, a mediação de conflitos e o respeito pelos direitos humanos.

Se quiser ler mais sobre este assunto voluntariado e cultura de paz, veja também: Dicas de voluntariado para uma cultura de paz.

  1. BOFF, L. Saber Cuidar: ética do humano – compaixão pela Terra. Petrópolis: Vozes, 1999.